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Evandro Bonocchi, 40 anos, morador de São José dos Campos (SP).

"Quando o médico me disse, que eu não ia poder mais andar, foi um momento muito difícil, mas com o apoio da minha família eu superei e sai da bolha. E hoje não sei qual é o meu limite, e na verdade nem quero descobrir." 

A vida proporciona para cada um, surpresas que, se pararmos para pensar, talvez não consigamos entender. Tudo que vivemos pode ser mudado em instantes. E a vida que parece ser estável e imutável, muda. E altera sem perguntar, se queríamos ou não queríamos essas mudanças.

Assim aconteceu com Evandro Bonocchi, 40 anos, morador de São José dos Campos (SP). A vida lhe preparou uma surpresa e, de repente, tudo mudou. Bonocchi conta que sua infância, adolescência e juventude, foram muito movimentadas.

História de Vida

Tudo parecia estar bem na vida, mas no ano de 2005, Evandro foi surpreendido por um acidente, que segundo ele “foi um acidente bobo”, porém o deixou paraplégico. O jovem esportista trabalhava em um hotel na cidade de Ubatuba (SP) como vendedor de pacotes turísticos e um dia saindo do trabalho aproximadamente ás 18 horas com sua moto sofreu uma queda. “Saí do trabalho, chovía muito e os meus amigos pedindo para não ir, mas queria chegar em casa e pegar a bike antes do sol se pôr e pedalar no barro, coisa de teimoso. Quando acordei estava no Hospital e o médico dizendo que não iria mais andar”, conta Boncchi.

O acidente na sua proporção poderia ter apenas causado alguns arranhões em Bonocchi. De acordo com o relato de uma testemunha, a moto escorregou em um olho de gato que fica preso no asfalto e o pneu dianteiro bateu no meio fio. Boncchi caiu e deu uma cambalhota no gramado e não teve nenhuma escoriação. Porém a queda causou uma lesão na coluna deixando-o paraplégico. A partir daquele momento, a vida do jovem que tinha muitos sonhos mudou. Ele não imaginava que um dia teria que usar uma cadeira de rodas. Então percebeu que não seria fácil.

Com apoio da família a recuperação se deu apenas em seis meses. Bonocchi ficou internado, no Hospital Sara Kubitscheck em Brasília, e conforme ele, o atendimento que recebeu no inicio da recuperação foi o divisor de águas da mudança que havia de ocorrer na vida dele.

 O cadeirante conta que foi emocionante sua chegada no aeroporto na cidade de Guarulhos (SP). “Quando abriu a porta de desembarque, minha família toda estava me esperando. Minha mulher, que na época era minha namorada, me pediu em casamento e eu aceitei na hora com medo que ela desistisse e naquele momento, eu já disse ‘vamos viver’ e fui correr atrás". 

Este “start” que o esportista teve logo no início e o apoio da família para que ele voltasse realmente a viver, foi mostrando no dia a dia na vida de cadeirante que ele poderia fazer muitas coisas, mesmo sendo deficiente.

A deficiência não o deixou preso em uma bolha: Bonocchi saiu para luta e viu que havia muitas coisas que ele poderia fazer mesmo sendo um cadeirante. Bonocchi tornou-se uma referência de superação.

Hoje, além de ser um atleta radical ele viaja pelo Brasil, levando seu testemunho e entusiasmo. “A vida não acabou, a deficiência é minha grande motivação. A vida não acabou. Existem muitas possibilidade para se viver. Eu não tenho limites e não quero conhecer meus limites”, fala o atleta radical com convicção. 

Seus

Supere

sempre

limites

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